DIPLOMA DE JORNALISTA: TER OU NÃO TER, EIS A QUESTÃO...

Como é certamente do conhecimento de todos os leitores, na semana passada, em uma decisão história, o Supremo Tribunal Federal (STF), em uma decisão histórica, decidiu que não era obrigatória a exigência de diploma de jornalismo para o exercício da profissão, sob pena de ofensa ao princípio da liberdade de expressão. Logicamente, que a imprensa e os maiores interessados (os jornalistas formados!) caíram em cima... Mas não adianta chorar o leite derramado! Acima do Supremo só existe deus e ele não é muito de se meter nas coisas dos homens não...

De cara, vou logo dizer que eu estou com o STF! Claro que as pessoas diretamente interessadas vão achar um absurdo, por se acharem mais qualificadas que o restante de nós para o exercício de tal profissão e eu concordo que talvez elas sejam mesmo... Mas TALVEZ! Pra mim, exigir diploma de jornalismo pra manifestar pensamento é como exigir diploma de letras para escrever livro ou exigir diplomo de administração para abrir um comércio...

Com certeza, estas pessoas até têm uma qualificação teórica e técnica superior aos demais, mas a prática demonstra que o talento para escrever ou comerciar transcende a instrução formal de tal maneira que chega a ser desnecessário enumerar os casos. Ademais, tais exigências, limitariam o exercício de direitos fundamentais, como o direito à livre iniciativa, no caso da exigência do diploma de administração!

Na verdade, eu defendo é o movimento contrário, ou seja, vamos desregulamentar o exercício dos direitos fundamentais, a não ser que seja indispensável o diploma para o bom exercício de uma determinada atividade... Lembre-se, sempre, que os cursos de graduação continuam a existir e que quem quiser pode contratar os graduados e se valer de sua qualificação técnica!

Ah, e não me venham dizer que eu penso assim porque não é comigo... O direito há tempos já entrou na onda da desregulamentação, com a possibilidade de não graduados serem conciliadores ou a dispensa de advogado nos Juizados Especiais! Sendo assim, acho que a tendência era realmente começar a limitar a exigência de diploma...

Em tempo: não sei bem se existem determinadas atividades específicas em que a exigência do diploma seria pertinente! Meu posicionamento é contra a exigência genérica...